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CASTRAÇÃO: Benefícios e mitos

Por Kathleen Schwab

O que é castração?

É uma cirurgia que impede a procriação sem controle de cães e gatos (machos e fêmeas). Consiste na retirada de ovários e útero no casa da fêmea, e dos testículos no caso do macho. Machos e fêmeas podem ser esterilizados a partir dos 4 meses de idade. Lembramos que o gato se reproduz de 3 em 3 meses, e o cachorro de 6 em 6 meses, ficando difícil encontrar um lar para todos os filhotes.

Vantagens:

- Solução definitiva contra a reprodução desenfreada; - Menor risco de câncer de útero, mama, ovário e próstata; - O cio e o sangramento deixam de ocorrer; - A esterilização favorece uma boa qualidade de vida do animal;

Para gatos há ainda mais vantagens:

- O macho perde o hábito de urinar para demarcar território; - Termina o incômodo do barulho em função dos cios; - O animal fica mais caseiro e assim acabam as fugas, que geralmente acarretam atropelamentos e maus tratos.

Quanto menos controle se tem do animal, mais indicada é a castração (por exemplo: se tiver acesso livre à rua, ou machos e fêmeas não castrados vivendo juntos e sem haver como separá-los durante os cios das fêmeas, etc.).

Do ponto de vista veterinário, a castração é o único meio de evitar a reprodução que previne, ao mesmo tempo, tumores no aparelho reprodutivo, muito comuns nos cães com idade madura e mais avançada. O problema resulta do processo de multiplicação exagerada de células em órgãos do aparelho reprodutor, estimulado pelos hormônios sexuais.

Em cães, nas fêmeas que fazem a cirurgia depois de entrar na puberdade, os casos de tumores nas mamas diminuem, mas não se tornam quase nulos como acontece quando a castração é realizada antes do primeiro cio. Por esse motivo muitos veterinários recomendam a castração da cadela antes dos 8 meses.

No caso de cães machos, principalmente os de grande porte, indicamos a castração somente após 1 ano de idade, principalmente pelo desenvolvimento físico dele.

Em cães, percebemos que no quesito saúde é mais benéfica a castração para a fêmea (tumores de mama estão entre os mais freqüentes na espécie), então quando a intenção é ter um macho e uma fêmea, sem acesso livre à rua (animais 100% domiciliados), que nunca poderão ser separados ou quando não houver interesse em reproduzi-los, indicamos a castração somente da fêmea. A castração do macho nesse caso não fará diferença, a não ser que exista indicação específica por problema de saúde ou de comportamento.

As técnicas cirúrgica e anestésica usadas em nosso país permitem realizar a castração com grande segurança. A cirurgia é feita rapidamente com pequenas incisões - nos machos a operação dura apenas 20 minutos e 40 nas fêmeas, sem precisar de internação. Mas sempre procure referências dos profissionais que irão realizar o procedimento cirúrgico e desconfie de preços abaixo da média cobrada por clínicas veterinárias de boa reputação.

MAS... nem sempre a castração é indicada. Se trata de um procedimento cirúrgico e alguns animais podem correr um maior risco, como por exemplo cães obesos, cardiopatas ou nefropatas. Os prós e contras devem ser levados em consideração, assim como a indicação para cada caso em particular. É muito importante conversar com o médico veterinário de sua confiança para definir o que é melhor para o seu cão, de forma que não comprometa (de preferência só melhore) a qualidade de vida dele.

IDÉIAS ERRADAS:

Há várias idéias falsas sobre os efeitos prejudiciais da castração nos cães. Conheça as mais comuns:

Cão castrado é mais propenso a problemas de saúde.

FALSO. A probabilidade de pegar doenças não aumenta com a castração. Antes pelo contrário: a retirada de útero e dos ovários, ou testículos, acaba com a possibilidade de infecções e tumores naqueles órgãos, e de complicações ligadas à gravidez e ao parto. Sem acasalamentos, as doenças sexualmente transmissíveis deixam de representar risco. Cai a incidência de tumores da mama.

Acasalar deixa o macho emocionalmente mais estável.

FALSO. Dependendo das disputas, o acasalamento pode até causar instabilidade emocional.

A fêmea precisa ter crias para manter o equilíbrio emocional.

FALSO. Não há relação entre os dois fatos. O equilíbrio emocional fica completo com a maturidade, que ocorre por volta dos dois anos nos cães castrados. Se uma cadela se mostrar mais calma e responsável depois da primeira ninhada, é porque amadureceu devido a ter avançado na idade e não porque se tornou mãe.

A falta de prática sexual causa sofrimento.

FALSO. O que leva o cão à iniciativa de acasalar é exclusivamente o instinto de procriar, e não o prazer nem a necessidade afetiva. O sofrimento pode atingir machos não castrados, por exemplo, se vivem com fêmeas e não podem cruzar, ficam mais agitados, agressivos, não comem e perdem peso.

Castrar reduz a agressividade do cão de guarda.

FALSO. A agressividade necessária para a guarda é determinada pelos instintos territorial e de caça e às vezes pelo treinamento, sem ser alterada pela castração. A dominância e a disputa sexual criam oportunidades para o cão usar a agressividade que tem, mas não são a causa dela.

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